Após a determinação da reabertura de refeitórios, creches e escolas municipais no Rio de Janeiro, o Sindicado Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) entrou com uma representação criminal contra Marcelo Crivella (Republicanos) no Ministério Público do Rio (MPRJ). O entendimento é de que a decisão do prefeito põe a saúde dos alunos e funcionários em risco, se de fato houver o retorno das aulas.
“Nós iremos responsabilizar criminalmente o prefeito Marcelo Crivella. A vida não pode ser banalizada. Se, na volta das escolas, um aluno ou professor adoecer, a responsabilidade tem que ser do prefeito. O mesmo prefeito que, quando eleito, disse que ia cuidar das pessoas. Ele está fazendo isso com os objetivos eleitoreiros. Somos contra a reabertura das unidades escolares e contra o retorno das atividades escolares. A prefeitura está, à revelia das orientações de referência como Fiocruz, insensível e mantém até hoje a decisão de reabrir as escolas”, disse Izabel Costa, coordenadora-geral do Sepe.
Foram listados os seguintes motivos na representação criminal: infecções pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) seguem fora de controle; aumento de infecções tendo em vista a política de flexibilização; falta de estrutura nas escolas; impossibilidade de se manter o distanciamento social nas escolas, creches, refeitórios; e dados apresentados pela Fiocruz sobre o retorno das atividades de educação.
Por outro lado, a Procuradoria Geral do Município comunicou que a Prefeitura do Rio apresentará uma representação no MPRJ contra o Sepe. A PGM considera que se trata de um crime de denunciação caluniosa.
De acordo com o Painel Rio COVID-19, até as 15h55 (de Brasília) desta sexta-feira (31), foram computados 70.989 casos confirmados de coronavírus no município. No total, já ocorreram 8.270 mortes.