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Secretário de Saúde do ES diz que vacinação no País precisa ser concluída até julho

Divulgação/Sesa

Em sua coluna no Estadão, o médico sanitarista Nésio Fernandes de Medeiros Júnior abordou sobre o tema das vacinas contra a Covid-19. Especialista em Administração da Saúde, ele considera que a imunização “de toda a população brasileira, alcançando jovens e adultos, precisa acontecer até julho de 2021, sob pena de ocorrer uma nova expansão com o predomínio de novas variantes do SARS-COV-2 entre amplos segmentos não vacinados”.

“Precisamos de horizontes. Uma agenda para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e a economia. Não há dicotomia. Não se trata do conflito entre direita e esquerda, entre Keynes e Hayek”, defendeu, referindo-se aos economistas britânico (1883-1946) e austríaco (1899-1992), respectivamente.

Nésio Fernandes, que também é Secretário de Estado da Saúde do Governo do Espírito Santo e vice-presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) para a região Sudeste, lembra que “todos os principais países apresentaram agendas econômicas e sanitárias robustas e integradas, independentemente se governados por forças de esquerda ou de direita. Tiveram governos de lucidez na agenda econômica, social e sanitária”.

Ele sustenta que “no SUS, o mote precisa para ir além de leitos”, com “máscaras e vacinas para todos”.

“Ampliar a testagem em massa com vigilância genômica e molecular vigorosa descentralizada. Atenção Primária desenvolvida com competências de vigilância epidemiológica de campo fortalecida e ampliada”, sugere.

“Nos próximos 60 dias, diversas revisões deverão recomendar medicamentos verdadeiros, sem charlatanismo, para tratar diversos quadros da Covid-19. Orientado por evidências disponíveis, o Ministério da Saúde deve incorporar com celeridade medicamentos que reduzem a mortalidade e tempo de internação pela Covid-19. A redução do tempo médio de internação aumenta a disponibilidade no giro do leito. Para além das respostas rápidas, precisamos de uma agenda completa para o SUS”, argumenta.

Nésio reforça a necessidade de convergência de forças para derrotar o vírus: “O Brasil está parado, precisamos de uma agenda estratégica e de união nacional. Governadores e prefeitos esgotaram a capacidade de enfrentar a pandemia sozinhos. O Congresso Nacional precisa agir conciliando a agenda com os governadores, com atores econômicos, com as Forças Armadas e com os Poderes”.

Por fim, o médico diz acreditar que o Ministério da Saúde possui “habilidade para resgatar a unidade monolítica do SUS e reconstruir a confiança do povo, da academia, dos Poderes e dos gestores deste sistema que resiste e insiste em dar certo.”

De acordo com o levantamento do consórcio de veículos de imprensa divulgado na noite desta quarta-feira (7), feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, o Brasil registrou 3.733 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 341.097 vítimas desde o início da pandemia. São 13.197.031 casos de infecção pelo novo coronavírus no País.