Sessenta contra quase zero. É o placar percentual que retrata a disparidade entre a quantidade de cidades que terão apenas mulheres disputando a prefeitura nas eleições deste ano e a soma dos municípios que contarão só com homens no pleito.

Um levantamento realizado pelo G1, baseado no repositório do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), indica que serão 39 cidades em que o eleitor já sabe que uma mulher irá estar à frente na gestão pelos próximos quatro anos. Isso não representa sequer 1% do total de prefeituras. Os dados analisados ainda passam por atualizações na plataforma oficial.

Os municípios que fogem à regra são, em geral, pequenos, com no máximo 45 mil eleitores, que é o caso de Camocim (CE). Na outra ponta está São José do Brejo da Cruz (PB), com 2 mil pessoas aptas a votar. A maior parte desse grupo de cidades é do Nordeste.

Os estados com mais cenários compostos exclusivamente por mulheres são Ceará e Paraíba, com cinco cidades cada. Depois, aparecem Maranhão (4), Piauí (4), Rio Grande do Norte (4), Santa Catarina (4), Pará (2), Pernambuco (2), Tocantins (2), Paraná (2), Goiás (2), Rio Grande do Sul (2) e Alagoas (1).

Já em Tenente Ananias (RN) e Jurema (PI), Larissa (PSD) e Kaylanne (MDB), respectivamente, aparecem como candidatas únicas. Se não houver novos registros de candidaturas nas atualizações do TSE, ambas irão às urnas sem concorrência.