Últimas Notícias

SP tem empate técnico entre Boulos, Russomano e França, segundo Datafolha; Covas é líder

Reprodução/Divulgação/Câmara dos Deputados/Governo do Estado de São Paulo

Após a coligação de Celso Russomanno conseguir, via decisão liminar, o impedimento da divulgação da nova pesquisa Datafolha para a prefeitura de São Paulo, a Justiça Eleitoral autorizou, na noite desta quarta-feira (11), que os dados fossem revelados. Bruno Covas (PSDB) continua na liderança, com folga, mas agora é seguido por Guilherme Boulos (PSOL), que já havia passado Russomanno (Republicanos) no último levantamento do Ibope.

Atual prefeito, Covas ampliou a vantagem em relação à pesquisa anterior do Datafolha: saiu de 28% para 32%. Boulos e Russomanno trocaram de lugar e de índices. O candidato bolsonarista tinha 16% e caiu para 14%, enquanto que o nome mais forte da esquerda na classificação fez o caminho contrário, assumindo o segundo lugar.

Márcio França (PSB), que vinha apresentando crescimento, teve leve queda. Mesmo cenário vivido por Jilmar Tatto (PT). O quarto colocado perdeu um ponto percentual, ficando com 12%. Já o petista desceu dois, e, no momento, soma 4%. Boulos, Russomanno e França estão tecnicamente empatados.

Arthur do Val (Mamãe Falei), do Patriota, manteve os 4% que possuía. Joice Hasselmann (PSL) segue com 3%. Andrea Matarazzo (PSD) oscilou um ponto para baixo e registra 2%. Jilmar, Arthur, Joice e Andrea estão tecnicamente empatados.

Com 1% surge Marina Helou (Rede), que já apresentava este índice. Vera Lúcia (PSTU) alcançou a pontuação mínima desta vez. Orlando Silva (PCdoB) não conta mais com o 1%, da mesma forma que Levy Fidelix (PRTB). Antônio Carlos (PCO) permaneceu com 0%.

Nenhum, brancos e nulos acumulam 7% – eram 9%. Três por cento dos entrevistados não sabem dizer se mantém as escolhas feitas antes.

Rejeição

Celso Russomanno não vem se complicando somente na queda acelerada de popularidade. Ele também é o postulante mais rejeitado, com 49%. Em seguida estão: Joice Hasselmann (32%), Bruno Covas (24%), Jilmar Tatto (23%), Guilherme Boulos (23%), Levy Fidelix (22%), Orlando Silva (18%), Márcio França (17%), Arthur do Val (15%), Vera Lúcia (13%), Andrea Matarazzo (12%), Antônio Carlos (11%) e Marina Helou (11%). Três por cento apontam que não votariam em nenhum nome da disputa.

No sentido oposto, 2% afirmam que poderiam optar por qualquer candidato, sem restrições. Já 4% não souberam responder. Como, nessa indagação, é possível indicar mais de uma reposta, a soma dos fatores passa de 100%.

Covas em vantagem também na projeção para o segundo turno

O Datafolha ainda simulou os mais prováveis cenários de segundo turno. Bruno Covas venceria todos os oponentes com os quais foi confrontado. Ele superaria Celso Russomanno por 59% a 25% (brancos/nulos: 15%; não sabe: 1%). Contra Guilherme Boulos, o placar seria de 56% a 30% (brancos/nulos: 12%; não sabem: 2%). Por fim, Covas leva vantagem sobre Márcio França: 53% a 34%, com 11% de brancos ou nulos e 3% do eleitorado indeciso.

A pesquisa

Encomendada pela TV Globo e o jornal “Folha de S.Paulo”, a pesquisa Datafolha ouviu 1.512 eleitores na cidade de São Paulo com 16 anos ou mais, entre os dias 9 e 10 de novembro. O nível de confiança utilizado é de 95%, número que representa a probabilidade de os resultados retratarem o atual momento pré-eleição, considerando a margem de erro, que, neste caso, é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento tem a seguinte identificação na Justiça Eleitoral: SP-05584/2020.

Para que ocorresse a divulgação dos dados, foi exigido, pela Justiça, o acompanhamento do seguinte esclarecimento: “A presente pesquisa se encontra impugnada na Justiça Eleitoral em virtude da alegada ausência, em seus resultados, da consideração do nível econômico dos entrevistados, bem como pela divisão do grau de instrução destes, no plano amostral, ter sido em duas categorias (nível fundamental e médio: queda de 67%; nível superior: queda de 33%).”

Por sua vez, o diretor do Datafolha, Alessandro Janoni, disse que o Instituto utiliza como referência, nas eleições deste ano, as mesmas variáveis de planejamento amostral e ponderação dos dados que há mais de 35 anos ditam o monitoramento dos pleitos da cidade de São Paulo, com o objetivo de representar todos os estratos do eleitorado paulistano.