Começa nesta segunda-feira (5) o julgamento de sete integrantes do “núcleo 4” da trama golpista, que tentou manter Jair Bolsonaro no poder após as eleições de 2022. O grupo será julgado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), que apresentou a denúncia, o grupo é apontado como responsável por uma sofisticada operação de desinformação, marcada por ataques ao sistema eletrônico de votação, disseminação de notícias falsas e pressão sobre setores das Forças Armadas para aderirem ao plano de ruptura institucional.
Eles também são investigados pelo uso indevido da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fins ilegais, configurando uma escalada do aparelhamento do Estado com objetivos golpistas.
Entre os denunciados estão seis militares, da ativa ou da reserva, além de um engenheiro e um agente da Polícia Federal. São eles: Ailton Gonçalves Moraes Barros, major da reserva; Ângelo Martins Denicoli, major da reserva; Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal; Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército; Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército; Marcelo Araújo Bormevet, agente da Polícia Federal e ex-integrante da Abin; e Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército.
As acusações são de crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra patrimônio da União, e destruição de patrimônio tombado.
*Fonte: Brasil 247