Últimas Notícias

Tribunal aprova impeachment, e Witzel perde cargo de governador

Divulgação/Fernando Frazão/Agência Brasil

Com o voto de Alexandre Freitas (Novo), o Tribunal Especial Misto (TEM) formou maioria, nesta sexta-feira (30), para aprovar o impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Os sete votos necessários (dois terços) para a condenação foram alcançados, e o ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está definitivamente fora da gestão do estado.

Antes de Freitas, também votaram – todos a favor – os desembargadores Fernando Foch de Lemos Arigony da Silva, José Carlos Maldonado de Carvalho e Teresa de Andrade Castro Neves, além dos deputados estaduais Carlos Macedo (Republicanos), Chico Machado (PSD) e Waldeck Carneiro (PT).

“As ações ocorreram mediante comando direto ou indireto do réu, ainda que não haja sua assinatura no contrato. Ainda que não tivesse executado uma ação direta para contratar a OS Iabas, é inverossímil que não soubesse de nada que se passava. Afinal, era a maior contratação de seu governo, com grande cobertura midiática e com incidência sobre o principal desafio do Rio de Janeiro naquele momento e ainda hoje: salvar as vidas das pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Ora, poderia o réu ficar absorto face a tudo isso?”, indagou Waldeck em seu voto.

Por volta das 9h30, o julgamento teve início no Tribunal Pleno do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). Entregue e protocolado pelo relator do processo, o deputado Waldeck Carneiro, o relatório de 324 páginas teve leitura suspensa após comum acordo entre defesa e acusação.

O processo, então, seguiu com a acusação, que foi representada pelo deputado Luiz Paulo (Cidadania), autor do pedido de impeachment. Na sequência, os advogados do governador apresentaram os pontos da defesa. Cada um dos lados teve a palavra por aproximadamente 30 minutos.