O processo de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), vai seguir. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (5), por unanimidade, pelo Tribunal Especial Misto.

Após pouco mais duas horas de sessão, seis votos do colegiado já haviam sido revelados. Os outros quatro vieram em seguida. Todos favoráveis à aceitação da denúncia.

Votaram pela continuidade: os deputados estaduais Waldeck Carneiro (relator), Carlos Macedo, Chico Machado, Alexandre Freitas e Dani Monteiro, além dos desembargadores Fernando Foch, José Carlos Maldonado de Carvalho, Teresa de Andrade Castro Neves, Inês da Trindade Chaves de Mello e Maria da Glória Bandeira de Mello.

Todos eles determinaram ainda que Witzel seja descontado em 1/3 no seu salário. Em outubro, o governador recebeu R$ 14.621,33. Com a subtração, ele deve ter vencimentos de R$ 9,7 mil, considerando a remuneração líquida.

A próxima fase prevê a tomada de depoimentos e a coleta de provas. Antes de abrir a sessão, o desembargador Cláudio de Mello Tavares, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e do Tribunal Especial Misto, disse que o processo de impeachment deve ser finalizado em meados de janeiro.

Em 23 de setembro, Wilson Witzel acabou sendo afastado do cargo pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), numa decisão tomada pelos deputados estaduais por unanimidade. Estava aberto, então, o processo de impeachment do governador que é acusado de participar de um esquema de corrupção na área da saúde.