Aos 88 anos, morreu, no início da manhã desta segunda-feira (24), Sálvio Dino, pai do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Vítima da Covid-19, ele estava na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Carlos Macieira, em São Luís.
O próprio governador confirmou a notícia em seus perfis nas redes sociais. Dino usou um poema do escritor maranhense Gonçalves Dias para homenagear o pai.
“Não chores, meu filho; Não chores, que a vida é lita renhida: viver é lutar. A vida é combate, que os fracos abate, que os fortes, os bravos só pode exaltar”, reproduziu o governador, citando, em seguida, que ele e o pai recitaram juntos este trecho na última quinta-feira (20).
“Não chores, meu filho;
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) August 24, 2020
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.” Na quinta-feira, eu e meu pai recitamos juntos Gonçalves Dias. Hoje ele morreu, aos 88 anos, vítima de coronavírus.
Advogado e membro da Academia Maranhense de Letras, Sálvio Dino também atuou na política do Maranhão. Ele foi deputado estadual de 1963 a 1968 e também entre 1975 e 1979. Além disso, exerceu a função de prefeito de João Lisboa em 1988. Já em 1996, Sálvio conseguiu ser eleito para o segundo mandato na cidade maranhense.
Meu pai teve uma longa vida, com muitas lutas. Seu mandato de deputado estadual foi cassado e ele foi preso arbitrariamente pela ditadura militar em 1964, “acusado” de ser comunista. Nos últimos dias deu a derradeira lição: profundo amor pela vida. Lutou com humildade e coragem
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) August 24, 2020
Meu pai tinha muita fé em Deus . A primeira vez que o vi discursar foi em uma reunião no Seminário Santo Antônio, nos anos 70. Eu era bem criança. No nosso último encontro, falamos sobre política, futebol e poesia. Ele agora está no Reino.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) August 24, 2020