Uma nova denúncia contra Wilson Witzel (PSC) foi protocolada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na segunda-feira (14). Desta vez, o governador afastado é suspeito de chefiar uma organização criminosa. Sua esposa, a primeira-dama Helena Witzel, e outras dez pessoas também foram denunciadas.
Lindôra Maria Araújo, subprocuradora-geral da República, aponta que Witzel teria praticado os crimes de corrupção ativa e passiva, fraude a licitações e peculato.
O Ministério Público Federal (MPF) almeja a perda definitiva do cargo de Witzel, além da condenação penal. Os denunciados ainda poderão pagar R$ 100 milhões por danos materiais e coletivos, valor mínimo projetado para a indenização.
Os demais alvos da denúncia são: pastor Everaldo Pereira (presidente nacional do PSC), Edmar Santos (ex-secretário de Saúde), Lucas Tristão (ex-secretário de Desenvolvimento Econômico), Gothardo Netto (ex-prefeito de Volta Redonda), Edson Torres (empresário), Victor Hugo Barroso (doleiro), Nilo Francisco da Silva Filho, Cláudio Marcelo Santos Silva, José Carlos de Melo e Carlos Frederico Loretti da Silveira.
No último dia 28, Wilson Witzel recebeu a denúncia de corrupção (ativa e passiva) e lavagem de dinheiro, por conta de supostas fraudes na Saúde. À época, o ministro Benedito Gonçalves autorizou somente o afastamento do governador por 180 dias, embora a PGR tenha solicitado a prisão preventiva do político ao Superior Tribunal de Justiça. Posteriormente, a decisão do relator foi mantida pela Corte Especial do STJ.